sábado, fevereiro 09, 2008

Mil anos passados...




Disseste
Mil anos passados e aqui estamos
O aroma e a luz, os mesmos, exactos
Os olhos que se penetram
E a voz de murmúrio para dizer
Coisas guardadas no fundo de nós
Ou a gargalhada que se liberta
Num só momento único cúmplice
Mil anos passados
Lembrei-te eu
Somos os mesmos que ontem se foram
Aqui, no sítio de sempre
Que, de encanto, tem o que lhe damos
Mil anos passados
O tempo não é corcel que nos transporta
Em louca correria
Mas breve passagem não percebida
Como se fosse ontem.

Esquecemos a história daqueles tempos
Que não o foram dentro de nós
Iguais
E mil anos passados…

21 comentários:

bettips disse...

Como se, de repente, eu falasse o meu sentir. E a porta.
Em alguns de nós passaram mil anos por dizer, todos os dias. Os dias da falta são imensos.
Um instante perfeito!
Bjinho

M. disse...

Tão bonito!

jorge esteves disse...

Às vezes, o Tempo, parece isso mesmo: uma pequena frincha por onde entra a luz e se esvai a sombra...

abraço!

mena maya disse...

Aqui, no sítio de sempre
Que, de encanto, tem o que lhe damos


Tão verdadeiro, embora às vezes
passem mil anos até que o percebamos...

Lindíssimas as tuas palavras!
Belíssima a fotografia!

Ad astra disse...

...coisas guardadas no fundo de nós...

Isto sim é lindissimo...e a foto, claro, sabes que sou fã delas

Um beijinho

via disse...

a memória resgata-nos do tempo, a escrita faz o resto. bonito.

Manuel Veiga disse...

vale a pena esperar mil anos por um poema assim...

belíssimo.

Joana Roque Lino disse...

adorei este teu poema, maria laura. mil anos passados. e somos os mesmos. um beijo meigo para ti.

Anônimo disse...

esos mil años son un segundo en la mente de dios, para dios todo es ahora mismo, y dios somos tú y yo

:)

amor

O Profeta disse...

Falamos a mesma linguagem...usamos a mesma linha melódica...


Nesta baía
Quando chega ao fim do dia
As pedras dormem com o mar
Quando vem a calmaria



Bom domingo


Mágico beijo

un dress disse...

mil vezes muito.

demais.





.beijO

ROSASIVENTOS disse...

todas as noites toco para os meus assassinos o sopro que improviso ao saxofone
ou o erro
mudasse o destino para a oração onde me visitasses
parado
quieto
em paz

José Louro disse...

Os blogues de poesia têm esta característica: os comentáriod tb são uma parte importante de leitura.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querida Maria Laura, linda a tua poesia!!!
Parabéns.
Beijinhos de carinho e amizade.
Fernandinha

Berta Helena disse...

Ai a tua poesia! Um fascínio. Leio, leio e de novo leio. Saboreio as palavras, procuro descodificar as ideias e por aqui vou ficando. Quando parto sei que vou enriquecida.

Beijos.

~pi disse...

mil tantos anos...

Esquissos disse...

É muito bom saber que mesmo com todos os mil anos que se passaram a presença de um no outro continua a ser vivida como "num só momento único cúmplice"...

Belíssimo poema...

Bjs
Jane

Oliver Pickwick disse...

Há Física neste texto. É como na ponte de Einstein-Rosen, o tempo não existe dependendo do referencial. Muito lindo, assim a fotografia da porta mexicana.
Beijo-te, querida amiga!

LUA DE LOBOS disse...

não sei se há na Eternidade mas sei que levarás Sabor a mim

LUA DE LOBOS disse...

faltou a palavra Amor... estranho será que voou para a ETERNIDADE?

Anônimo disse...

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