quarta-feira, novembro 21, 2007

Árido caminho




Dou passos ainda incertos
Num caminho de árvores despidas
De onde caiu o dourado do Outono.
Penso em escondidos segredos
Tranquilos degredos
Onde as sombras se encobrem.
Mas há no sol um teimar tão constante
Que nas mãos se esconde
E as leva a abrir a porta cerrada
De algum deserto inquietante.

11 comentários:

Joana Roque Lino disse...

muito belo. um abraço

Manuel Veiga disse...

gostei. de verdade. que nunca as tuas mãos se fechem...

Espaços abertos.. disse...

U apelo constante na inquitude outonal numa tarnquilidade dourada..
Bjs Zita

Licínia Quitério disse...

Muito obrigada pelas suas visitas. Foi um prazer conhecer os seus blogs. Voltarei.

Beijo.

hfm disse...

Soberbos os dois últimos versos!

Anônimo disse...

Mas que bem!...

Gostei.

Ad astra disse...

passos incertos de uma segura caminhada

un dress disse...

teima-nos o sol

a luz

a humidade

...



:)


beijO

~pi disse...

a luz do oásis

e a beleza.

firmemente

aqui.

Melga do Porto disse...

Segredos!
Buraco negro da nossa alma.
“Deserto inquietante” que esconde.
Mas o que é um segredo, senão dualidades.
Que nem cor são. Apenas tons.
:)

Berta Helena disse...

Maria Laura,

cada vez gosto mais de cá vir, de te ler. É de uma grande beleza este texto. São bem certos os teus passos.
E as tuas visitas alegram-me.