quarta-feira, maio 07, 2008

Sem ti




Sem ti
recolho-me à tela dos dias
pintados de frescura azul
mergulho na pele de mim
tecido vivo em que te cosi
te prendi.
Encontro um grito velado
escondido entre a carne
e a superfície
que enche a brandura da tarde
do cio das horas antigas
por viver.


Julho 2006

23 comentários:

Rui disse...

A borboleta que regressa ao abrigo do casulo.

ruth ministro disse...

Cada vez que aqui venho, gosto mais do que encontro. Surpreendes-me a cada palavra. Lindíssimo.

Tens um mimo na minha nuvem...

Mil beijos

CNS disse...

Tão bonita, esta tua tela de saudade...

bettips disse...

Ler-te e ver-te é, também, tentação de pensar (back).
Bj

Laura Ferreira disse...

sem comentários, por ser tão simplesmente... bonito.

hfm disse...

Um hino de saudade na poesia das palavras.

Quanto à foto fez-me pensar no Lago de Como numa das muitas terreolas junto a Como com uma verdadeira varanda sobre o mar. Se calhar o Lago ainda é o de Leman mas na "dualidade" do olhar eu posso transpô-la.

mena maya disse...

Como canta a Bethânia,
fica na memória da pele...

Lindo o teu lago!

via disse...

ainda e sempre a lírica vai adiando a desesperança, novo ar. muito bonito!

tchi disse...

O cio da saudade...

Beijinho.

anad disse...

Memórias, memórias que ficam na pela. Muito bonito.
Anad

... disse...

"por viver"...

Beijo

Jordan Duailibe disse...

Aqui é um abrigo costumeiro que sempre alguém pensa em repousar...Tua tela me mostra as retinas das minhas,tão aceitável e dedicado da natureza de Deus...Traços fantásticos de linhas...

Secreta disse...

Horas que não voltam mais.
Beijito.

jorge esteves disse...

Divido-me entre o iodo das palavras e o som da imagem; que fazer?...

abraços!

Luna disse...

Existem hinos á vida
De saudade
Sentidos vividos e por viver
Todos então em nós
Retalhos de vida
beijinhos

Pedro Branco disse...

Sem ti

Sem ti
O meu pensamento carrega-te nos ombros,
As minhas mãos encontram o vazio no meu corpo,
O meu olhar eleva-se para dentro de mim,
Nada se deixa ficar aqui.
Só porque tudo é sem ti...

Há sempre alguém (s)em nós...

Manuel Veiga disse...

poema tatuado na pele. como pergaminho de cabraia e seda.

no cio das horas...

gostei muito.

ContorNUS disse...

Líndissimo...

Twlwyth disse...

As faltas de Alguém rompem-nos por dentro e mostram-se ao mundo das formas mais belas como é o caso do teu poema.

Beijo

Deusa Odoyá disse...

Amiga, que poema magistral! Um beleza de feitura.

Já linkei seus blogs ao meu.

bjinhos
Deusa Odoya

un dress disse...

cio-me a ti

embora...






beijO

Oliver Pickwick disse...

O amor que marca, feito tatuagem. Ainda que passado.
Um beijo!

miguel taborda disse...

tremendo...