quarta-feira, janeiro 16, 2008

Golpe



Pus um pé
Na margem afiada da vida
E olhei o fio vermelho que escorria
Como se não fosse meu
Há golpes que a razão estanca
E qualquer brisa sem rumo reabre.

16 comentários:

jorge esteves disse...

Assim como uma queda, uma vertigem, até ao centro da terra! Perfeito!


abraço!

Oliver Pickwick disse...

Palavras de beleza rara descrevendo melancolias aparentemente esquecidas.
A foto, lembra um ajuntamento de menires, ou o "esboço" das estátuas da Ilha de Páscoa. Não sei como descobriu essa paisagem.
Abraços!

ROSASIVENTOS disse...

chocolate

e

sapato de ferro



chocolate



/prometo as pedras...

~pi disse...

reabre.

o que nunca a memória

de todo

esquece.

hfm disse...

A brisa da vida.

M. disse...

Lindíssimo!

Ad astra disse...

Salvê brisas sem rumo!

Foto 5*

Stella Nijinsky disse...

Oi M.L.

Adorei o comentário da ~PI, não desfazendo os outros, claro!
A razão pode mandar fechar o golpe, mas o coração guarda, acumulando, todas as chagas não curadas.

Um beijo,

Stella

Manuel Veiga disse...

pressente-se o afago da brisa...
belo.

... disse...

É de onde vem a palavra que decerto és a primeira a estar lá.

Sente-se uma brisa de frescura que sussurra, e traça o melhor rumo para aqui chegar, e ler o que de melhor há para ler.

Gostei.

Joana Roque Lino disse...

Escreves lindamente, sabias? ;) um beijo. Gostei muito.

Mar Arável disse...

Sempre disse

não existem amanhãs

sem memórias

Mateso disse...

Há gotas vermelhas redondas que se soltam em cada dia de si.
Belo.
Bj.

Ad astra disse...

so para deixar um beijinho

mena maya disse...

Razão versus coração, porque continuar é preciso...

Lindo!!!!

Isabel disse...

Há brisas com a força de vendavais...
Há brisas que abrem feridas e pequenas feridas que quase matam...

As margens da vida são afiadas e belas
o perigo dos golpes
aumenta o calor da saliva
que os sara

Gostei muito da visita e voltarei...
gosto da lingua que falas...

Obrigada

Isabel