quarta-feira, abril 23, 2008

Cravo abandonado



Toda a flor caída só se ergue por vontade dos homens.

25 de Abril de 2008


[Esta é uma das fotos de uma série com este tema. Quem estiver interessado, pode ver o slideshow aqui. Volto em Maio. Um beijo para todos e cada um.]

domingo, abril 20, 2008

Vento



O vento não leva consigo o silêncio
Só amplia o grito que nele existe
No verde inquieto da copa das árvores

quarta-feira, abril 16, 2008

palavras sem sentido




não encontro nas palavras o caminho. perco-me nelas e volto atrás, a todas as encruzilhadas em que já estive. ou serão outras? não encontro nas palavras o sentido. aquele que deveriam ter. escapam-me nos seus múltiplos significados. e acabam vazias. não encontro nas palavras o conforto. carregam sentimentos de frustração. incomodam, ferem, numa senda inquietante. sem as poder renegar, só encontro nas palavras o espelho da minha carência. do que me negam. do que, negando, me dão.

sexta-feira, abril 11, 2008

Como se...




Um dia farei um hino à vida
Cantarão versos dentro das palavras
Nenhuma dor ecoará no espaço
Do poema.
Um dia direi que sou feliz
Sem reservas no som das entrelinhas
A cor no horizonte será o eterno
Azul.
Um dia o mundo acordará às avessas
Todos os poetas falarão de alegria
Como se essa fosse a verdade
Das coisas.

Junho 2007


[ Perdoem se a falta de tempo e a pouca inspiração não permitem que aqui publique textos actuais. Melhores dias virão, é o que podemos esperar. ]

segunda-feira, abril 07, 2008

O bater do coração




Corre o tempo
e tudo muda
o vento que traz a dor
e o riso que alimenta
o bater do coração.
Passa a vida
e na esquina
após cada mutação
existe um outro local
tão diverso e tão igual
onde o ciclo recomeça.
Mas a venda da ilusão
muda as cores
muda a emoção,
sendo que tudo é tal qual.
E o tempo que não pára
vai mudando sem mudar.
Riso e dor trazem consigo
o mesmo bater trocado
no ritmo do coração
e aquele vento antigo
que nos coloca na esquina
duma nova mutação.

Outubro 2006

quinta-feira, abril 03, 2008

Malmequer no escuro




Mal me quer, bem me quer…

Na escuridão quem vai saber?

Pétala sim, pétala não…

Desfolho-as na minha mão

E dê a sorte o que der

Só vou ficar intrigada

Será muito, pouco ou nada?


Agosto 2006


[ Não se assustem. O blog é o mesmo. Cansei-me do negro...]