quarta-feira, setembro 17, 2008

Nem o grito de uma ave




Nem o grito de uma ave
Que adivinha a partida para locais outros
E se despede dos campos de sal
Quebrará o silêncio das tardes inquietas
Ensolaradas horas que instantes não esgotam.
Todo o corpo desperto hesita na rota
Calado sufoco de qualquer sentimento.

Nem uma palavra no verso em que me oculto
Dirá do pulsar dentro do silêncio de uma lenda antiga
Sem princípio ou fim
Um sonho, uma brisa, talvez um momento.

21 comentários:

CNS disse...

Como invejamos o voo das aves... Resta-nos voar com a poesia. Obrigada pelas asas.

Stella Nijinsky disse...

Olá ML

Talvez um segredo bem guardado...
As cegonhas e o sal.

Stella

Aeroporto de Alcochete disse...

Desconheço a fonte das imagens e das ideias, sei que são genuínas como as palavras e só não as invejo, porque parecem fazer parte do meu quotidiano.
Flamingos e sapais com sol, à espera da chuva, do frio e de maior aconchego.
A minha terra.

Twlwyth disse...

Um momento que a brisa transformou num sonho... e que ficou.

Beijo

ruth ministro disse...

Gosto sempre muito do que escreves.
É um prazer pousar as asas aqui.

Beijinhos

JPD disse...

Necessidade de evasão através da sublimação da transumância das aves?
Seja o que for, o texto é belo, Laura
Bjs

eduardo jai disse...

bonito...
:)

Manuel Veiga disse...

poema intimista e vibrante...
um desafio saber decifrar.

gostei muito

beijos

Germano Viana Xavier disse...

e permanecerá tudo no devido lugar do sempre imaginado sonho e não se moverá uma agulhas sequer de onde linhos são costurados. talvez a engenhosa santidade dos movimentos seja um exemplo de partida infinda.

um carinho, Maria.

Pelos caminhos da vida. disse...

Visitando pela primeira vez.

Enqto as aves voam,suas palavras voam e formam uma poesia.

beijooo.

Violeta disse...

O voo das aves é sempre encantador: tansmite-nos uam sensação de liberdade e serenidade.

dona tela disse...

Um espectáculo! Um espectáculo!

RENATA CORDEIRO disse...

Maria Laura:
É aniversário da Bruninha, minha sobrinha e afilhada, ela faz 11 anos, mas não terá festa, pois o seu pai, meu irmão, teve um infarto e está hospitalizado. Venha para a sua festa. Há de comer e de beber também para adultos.
Bjs,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com

Daniel disse...

Carla

Um bom texto, que faz vaguear o o pensamente. Penso que é um mesmo uma meditação que te ocorreu e que desperta para as realidades.
Daniel

hfm disse...

O momento feito de momentos e das tuas palavras.

mena maya disse...

Impossível decidir-me de qual mais gosto, se da fotografia se das tuas palavras...
Só sei que se complementam de uma maneira fabulosa!

Adorei!

Beijinho, Maria Laura.

~pi disse...

não te ocultas

na linha te és (

) eco da lenda

canta-eco



~

RENATA CORDEIRO disse...

Pudera eu voar, sumir!
Venha apreciar meu novo post, pois é fruto de muito sofrimento.
Um abraço,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com

Maria Dias disse...

As poesias quando chegam até nós, é sempre assim feito pássaros inquietos no fim da tarde.Belo o q escreveste!

Beijo

Maria Dias

RENATA CORDEIRO disse...

Venho aqui, amiga, muito triste. Além do infarto, o meu irmão está com pneumonia, quase curada, graças a Deus. Hoje, vai ser submetido a um cateterismo para ver se é preciso uma angioplastia, ou uma operação, ponte de safena, etc. Ainda não o tinha visto, por falta de coragem, pois somos muito ligados, e o vi sábado. Fiquei deprimidíssima e a única coisa que pude fazer foi um post em sua homenagem. Por favor, venha ver o post e transmita a sua solidariedade.
Um abraço,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com

Oliver Pickwick disse...

No jargão da aviação, a ave que voa à frente das demais é o "pastor".
Quem "nasceu" primeiro, a poesia ou a foto?
Um beijo!