domingo, setembro 14, 2008

Sopra o vento sobre o sapal




Sopra o vento sobre o sapal
Na noite tecida de fios de incerteza
Nele me reconheço
Me invento, me esvoaço
Qual ave perdida nos caminhos do sal
No vento sem rumo que me invade o sono
Plano expectante nas ondas do ar sem saber de praia
Onde vou cair
Ou planície de urze aonde pousar
Pairo só no vento por sobre o sapal
Desafio as aves ocultas na noite de prata
Para, num voo final, alcançar o mar.

22 comentários:

Violeta disse...

O sapal é dos ecossistemas mais rico que temos, transformá-lo em poesia é divinal.
Gostei.

Germano Viana Xavier disse...

hoje meu sonho é encontrar o mar, Maria.e você me ensina a ver melhor.

um carinho.

CNS disse...

Muito bonito este teu sabor a mar.
É bom ver a tua janela regressada de férias.

beijo

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá Maria Laura, ao tempo que não temos contato... Agora encontrei-te e deixo-te muitos beijinhos de carinho,
Fernandinha

Mustafa Şenalp disse...

çok güzel site. :)

Daniel disse...

Maria Laura

Um pensamento interessante. Engraçado que havendo sapais por perto de Lisboa, o meu pensamento não paira neles. A tua maneira de interiozar, sendo sumarenta, tende a ser mais circunspecta, daí talvez o sapal.
Bjs.
Daniel

Marinha de Allegue disse...

Escoitalo vento sobre a auga, fermosa melodía...

Unha aperta.
:)

Maria Dias disse...

Bela imagem vislumbrei daqui...Os pássaros indo de encontro ao céu de prata!Lindo!

Querida...

Hoje te convido a chegar no meu Avesso pois tenho um assunto muito sério e triste para tratar.Por favor se tiveres tempo apareça.

Grande abraço

Maria Dias

Aeroporto de Alcochete disse...

Vou sair para estar mais perto de ti.
Se te conheço, terra de que me lembras, pairas em mim como o gosto que ainda sinto de cada vez que te escuto, no canto dos pássaros, no meu telhado.
Apeteces-me, e não sei quem és, de vagabundo em silêncio que me encanta para amigo em fogo que se apaga.
Vou escrevendo até as palavras fazerem algum sentido, como as tuas...

PS. Tentei na terceira e não deu! Desculpas encarecidas.

nana disse...

que te receba de braços abertos, ele, o mar....

abraço, maria laura.

maravilhos, regressar a estas palavras.

:,o)



...




Xx

bettips disse...

O imaginário da não-cor.
E os flamingos. E a distância prateada.
Sopra a brisa amigável sobre as nossas cabeças. Bjinho Maria L.

JPD disse...

Em busca do mar... Para nele, qual marinheiro, jamais perder as graças do mar.

Belo poema, Laura

Manuel Veiga disse...

o mar é certamnte o destino de tão belo vôo...

beijos

Dani disse...

teu blog é poesia das mais lindas! :))

passarei sempre por aqui.

beijos.

mena maya disse...

Que maravilha, as tuas palavras que o vento espalha no sapal!

hfm disse...

Através das tuas palavras voltei a olhar para eles.

rogério disse...

lindo...

M. disse...

Belíssimo!

~pi disse...

bambole ar

de ave ( para_da no ar

sus

p

ensa~



~

Nilson Barcelli disse...

Bravo cara amiga.
Sopram ventos no sapal e aqui uma brisa poética muito agradável.
Escreves bem e eu gosto da tua criatividade poética.
Beijinhos.

Oliver Pickwick disse...

Acredito que 0,00000000000000000000000% dos brasileiros conhecem o significado da palavra "sapal".
Mas nem por 10000000000 e3 brasileiros deixariam de gostar da sua poesia e fotografia.
Um beijo!

P.S.: culpa, naquele contexto, é parecido com estímulo. Não me leve muito a sério. ;)

RENATA CORDEIRO disse...

Lindo poema, Laura. Acabaram-se as férias de vez?
São 3 horas da manhã. Mas como as coisas se acalmaram, fiz um post sobre um filme que todo mundo no mundo já viu e sempre vê de novo. Tirei aquele monte de flores e só deixei as do João. Esta postagem dá para ser bem apreciada.
Um abraço,
Renata
wwwrenatacordeiro.blogspot.com